domingo, janeiro 29, 2006
sexta-feira, janeiro 27, 2006
maybe i'm just curious.
sonhei contigo esta noite.
tinha que ver com fotos ao acaso, máquinas fotográficas antigas, raios de luz branca sobre a face e conversas pela noite dentro.
havia uma outra pessoa no espaço marcado pelo conforto.não o conforto material dos sofás gigantescos e das lareiras acesas, mas o conforto interior. aquele que não deixa os dedos tremerem e torna as palavras tão mais fáceis de serem ditas.
sei que havia uma outra pessoa mas não me lembro dela. lembro-me é de ti. olhaste-me nos olhos com a naturalidade dos cenários oníricos e falaste-me sem hesitação, do conhecimento das coisas, das cicatrizes interiores, dos olhos transbordantes e de dias menos monótonos.
sonhei contigo esta noite e não percebo porquê.nunca sentiste uma atracção inexplicável por outra pessoa? mesmo sem a conhecer?
não falo da atracção física. falo da curiosidade da descoberta de mundos interiores, das divagações semi-poéticas-existencialistas, do mapa mental povoado de imagens aleatórias que definem os contornos de cada um e nos tornam particulares.sem segundas intenções.
sentir a doce sensação da expansão do universo. da mesma maneira que ao acabar de ler um livro conheces a realidade paralela que aquelas páginas encerram.
sonhei contigo esta noite e perguntaste-me se queria conhecer a tua essência.
i would very much like to.
*
(Hey. Could we do that again? I know we haven't met, but I don't want to be an ant. You know? I mean, it's like we go through life with our antennas bouncing off one another, continously on ant autopilot, with nothing really human required of us. Stop. Go. Walk here. Drive there. All action basically for survival. All communication simply to keep this ant colony buzzing along in an efficient, polite manner. "Here's your change." "Paper or plastic?' "Credit or debit?" "You want ketchup with that?" I don't want a straw. I want real human moments. I want to see you. I want you to see me. I don't want to give that up. I don't want to be ant, you know?) Soap Opera Woman in Waking Life
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state of mind: holding the best_1UIK project
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state of mind: holding the best_1UIK project
quinta-feira, janeiro 26, 2006
quarta-feira, janeiro 25, 2006
segunda-feira, janeiro 23, 2006
acidamente.acidamente adormecido. (i)
Hoje, pegava na ponta oposta do dia que passou, e transformava-a num suor frio, numa testa febril, numa qualquer desculpa bem construída; sem erros nem fracassos.
Recomeçava as vezes que fossem necessárias, e alimentava os corpos vazios de matéria gordurosa, que nos fizesse sentir satisfeitos.
Que alimentassem o medo das despedidas; tanto como a linha de comboio, na curva que encerra o horizonte.
Hoje dei por mim a pegar na caneta e a esvaziar todo o seu conteúdo.Enchi-me de tinta, de frases, de palavras soltas sem sentido.
Cuspi. Forcei a garganta até mais não sair que sangue.
Até morrer. Por dentro. Até sufocar.
No vortex da curva, larguei o volante e deixei-me levar. Só por curiosidade.Apenas para ver se realmente acontecia.
*
Recomeçava as vezes que fossem necessárias, e alimentava os corpos vazios de matéria gordurosa, que nos fizesse sentir satisfeitos.
Num ímpeto, torcia os dedos até mais não serem que linhas imaginárias.
Paralelas.
Que não se cruzassem. Que se sobrepusessem.
Que embrulhassem em papel plástico brilhante (às cores, como aquele dos chocolates, lembras-te?) a inocência necessária para me fazer desejar algo diferente.
Que me dessem o silêncio necessário para conseguir pensar.
Os minutos passam imóveis.As pétalas secam e caiem; como num filme antigo.
Sempre a preto e branco.
Em camadas consecutivas.
Elaborei uma configuração mental difícil de ser quebrada.
Sujei as mãos na tinta invisível, insuspeita de ser lavável.Cuspi. Forcei a garganta até mais não sair que sangue.
Até morrer. Por dentro. Até sufocar.
Catarse. Catarse.
Enrolado no turbilhão. Até não poder mais e abrir os olhos. Até vomitar todos os ácidos do estômago debilitado.No vortex da curva, larguei o volante e deixei-me levar. Só por curiosidade.Apenas para ver se realmente acontecia.
Apenas para saber.
A noite entrou rápida pelos olhos inundados de orvalho. O frio pegou-me pela garganta. O metal abriu os pulsos e o peito encheu-se, enfim, de alfinetes. Um por cada pecado.Distorção. Delay.
(mayday. mayday.)
(mayday. mayday.)
*
acidamente.acidamente adormecido. (iii)
Barreira invisível. A estrada coberta de sangue. De pontas de cigarro húmidas.
Consumidas noites a fio, sem interrupção.
A cair, a pique.Estranhamente, sem medo do impacto.
Consumidas noites a fio, sem interrupção.
A cair, a pique.Estranhamente, sem medo do impacto.
Batidas concisas.
Enumeradas.Rítmicas.
Compassadas. Hoje, os cenários estão envoltos num estranho nevoeiro.
Hoje, nada parece real. Mas não foi sempre assim? Desde a primeira noite?
O conto de fadas tornou-se em manual escolar.
Hoje, nada parece real. Mas não foi sempre assim? Desde a primeira noite?
O conto de fadas tornou-se em manual escolar.
Com regras.
Despido de metáforas.
Frio e linear.
Despido de metáforas.
Frio e linear.
(Hoje, ao cair da noite, não esperes por mim.
Adormece como se nunca tivesse estado presente.
Adormece como se nunca tivesse estado presente.
Ainda não estamos seguros. Sobraram pétalas secas que urge vigiar. Aguardar pacientemente que caiam, antes que possa, por fim… matar-te.)
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state of mind: where do we go now but nowhere_nick cave
sábado, janeiro 21, 2006
segunda-feira, janeiro 16, 2006
domingo, janeiro 15, 2006
(bring_me_back_hot_summer_nights)
Les retrouvailles…des petits moments de bonheur parmi les déserts de l’absence…l’espoir qui maintiens les cœurs battant. Le désir des corps attirés à travers du temps et de la distance. La force invisible guidant l’hasard et le destin.
Comme par un magnétisme aveugle.
Une conspiration de l’univers qu’insiste en croiser nos chemins.
L’extase orgasmique du rencontre, de la première nuit, dans laquelle on venge la détresse de si longue attente.
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state of mind: a brighter day_ronny jordan
state of mind: a brighter day_ronny jordan
quarta-feira, janeiro 11, 2006
segunda-feira, janeiro 09, 2006
sábado, janeiro 07, 2006
in each other's arms...do you remember?
estás tatuada em mim.
não como uma linha de tinta indelineável ou como uma cicatriz antiga que se tenta ocultar.antes como um traço de personalidade. na forma única de ver e sentir as coisas.
na intensidade que tudo isso acarreta.
nas cores com que pintas os dias.
percorres em mim o mesmo trajecto que o sangue.
desde o coração, aos olhos, ao cérebro, à ponta dos dedos.
ao arrepio da pele de galinha ao sair do banho de cabelo molhado.
estás tatuada em mim e isso irrita-me.
irrita não conseguir livrar-me de ti. de estarmos constantemente ligados por este elo cúmplice e invisível. gostava de apagar-te da minha cabeça.
não, apagar não. isso é demasiado.
gostava de controlar o meu batimento cardíaco. de ter poder sobre os refluxos inesperados de emoção-concentrada , que sobe subitamente à garganta e insiste em transbordar pelos olhos.
atravesso a cidade nu. vinguei-me de ti esta noite. viste como sou capaz?
de não pensar em ti? de me dar a outros corpos?
de não me guardar para um futuro incerto?
paro em frente à parede-écran envidraçada do café bigbrother, enquanto aguardo que o sinal da passadeira mude para verde. os olhos anónimos acusadores olham-me de cima.
Dostoievski tinha razão.
corro para casa e tranco a porta atrás de mim. duas voltas à chave.
esfrego-me violentamente debaixo da água escaldante do chuveiro.
como se pudesse livrar-me de ti com sabonete e pedra-pomes.
esfrego.mas isto não é um filme.
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(aujourd'hui j'ai besoin de rédemption.)
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state of mind: cargo culte_gainsbourg
quarta-feira, janeiro 04, 2006
detesto esta hora,
em que toda a gente dorme
e o meu sono não vem.
silêncio frágil.
pensativos cigarros.
corpo irrequieto.
peso das pálpebras.
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(wish i was dumb and could just turn off my brain.)
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state of mind: silence&voices in my head