es tan corto el amor y tan largo el olvido.
e de repente tudo mudou.
e já não havia chuva nem tremor nem ranger de dentes.
levantaste-te da cama como sempre o fazes. delicadamente.
com a gentileza de uma manhã de primavera.
um ténue farrapo de luz encontrava o seu caminho por entre as cortinas corridas e vinha depositar-se no meu peito nu. a mão de deus aquecendo-me o coração.zombando de mim e das minha dúvidas.
fingi que dormia ainda quando o robe de seda deslizou pela curvatura das tuas costas e se quedou a teus pés. como as folhas de outono. uma gota de água pecaminosa.
observei-te na tua nudez. inocente e pura.lá fora o mundo continuava a girar num rodopio avassalador.
viraste-te para mim e sorriste. sabias que apenas fingia dormir para te observar.como se enquanto dormisse pudesses ser outra pessoa completamente diferente e tivesse de me assegurar que não me estava a iludir.
arqueaste as costas e subiste lentamente sobre mim. olhos nos olhos.
felinamente.
depositas-te todo o teu peso sobre mim e enquanto sentia o húmido da tua língua no meu pescoço apenas uma frase do Paixão me invadia o pensamento.és tão bonita que nem apetece foder-te.
.
state of mind: there will never be a better time_desert sessions
2 Comments:
a gentileza de uma manhã com a perfeição da beleza numa fusão que necessariamente transcende o mortal e eleva-se a algo impoluto.
a certeza do bem querido.
adorei.
5:07 da manhã
exactamente.não podias ter definido melhor.
quando os prazeres da carne parecem ignóbeis perante a grandeza do sentimento.
11:13 da tarde
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